PREVALÊNCIA DE CETOACIDOSE DIABÉTICA NA APRESENTAÇÃO INICIAL DE DIABETES MELLITUS TIPO I EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES ENTRE 2018 E 2021 EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA
Palabras clave:
cetoacidose diabética, diabetes mellitus tipo 1, criança, adolescenteResumen
Objetivo: Analisar a prevalência de cetoacidose diabética e fatores associados na apresentação inicial de diabetes mellitus tipo 1 em crianças e adolescentes entre 2018 e 2021 em um serviço de emergência pediátrica. Método: Estudo transversal, com análise caso-controle, que incluiu 124 pacientes menores de 18 anos com diagnóstico de diabetes tipo 1. Os dados coletados em prontuários incluíram: presença e gravidade da cetoacidose diabética, sexo, idade, origem, etnia, sintomas pré-diagnóstico, tempo de evolução dos sintomas, número de consultas médicas e diagnósticos diferenciais, história familiar de diabetes, glicemia, bicarbonato, hemoglobina glicada, cetonúria, glicosúria, autoanticorpos, necessidade de cuidados intensivos e doenças autoimunes associadas. Como medida de associação, utilizou-se razão de chances, com intervalo de confiança de 95%. Resultados: Dos 124 pacientes analisados, verificou-se que 58,9% foram diagnosticados com diabetes tipo 1 durante um episódio de cetoacidose diabética, com média de idade de 8 anos. História familiar presente se mostrou um fator de proteção para cetoacidose diabética. Os sintomas associados foram náusea, vômito e dor abdominal. Apenas os pacientes com cetoacidose diabética apresentaram taquidispneia, alteração do nível de consciência, prostração e febre. Houve associação com tempo de evolução dos sintomas. Conclusão: A cetoacidose diabética foi frequente no momento do diagnóstico de diabetes tipo 1. Os principais fatores associados foram história familiar de diabetes, tempo de evolução dos sintomas e presença de sintomas gastrointestinais. Observa-se a importância da implementação de campanhas de conscientização, com o propósito de diagnóstico precoce, prevenção e tratamento adequado da cetoacidose diabética.
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