PERFIL DOS PACIENTES SUBMETIDOS À SANGRIA TERAPÊUTICA NA REGIÃO SUL DE SANTA CATARINA ATENDIDOS EM UM CONSULTÓRIO PRIVADO DE HEMATOLOGIA

Autores/as

  • Amanda Coelho Zilio
  • Patrice Quartiero Gross
  • Thiago Barbieri Lopes

Palabras clave:

Sangria. Policitemia. Sobrecarga de ferro. Mutação.

Resumen

A sangria terapêutica é um procedimento hemoterápico de simples realização, eficaz quando indicada corretamente. Atualmente, as principais doenças que se beneficiam com este tratamento são as hiperferritinemias e as eritrocitoses. O presente estudo teve como objetivo principal conhecer o perfil dos pacientes submetidos à sangria terapêutica em um consultório privado de hematologia, localizado na região sul de Santa Catarina. Trata-se de estudo observacional e retrospectivo, com análise quantitativa de dados secundários. Todos os 113 pacientes identificados compuseram a amostra final. As indicações de sangria mais prevalentes foram hiperferritinemia secundária (46,9%) e hiperferritinemia com mutação do gene HFE (44,2%). A média de idade dos pacientes foi de 53,12 anos, sendo a maioria composta por homens (84,1%), todos da raça branca, e 31% procedentes de Criciúma. Destes pacientes, 77,9% realizaram estudo genético, o qual mostrou 56,8% positivos para hiperferritinemia com mutação do gene HFE, 6,8% para o gene da policitemia vera e 36,4% com resultado negativo. Ao comparar os índices laboratoriais antes e após a sangria terapêutica, observou-se redução estatisticamente significativa nos valores de ferritina sérica e saturação de transferrina nos casos de hiperferritinemia com mutação do gene HFE e de ferritina sérica para hiperferritinemia secundária. Conclui-se que o perfil dos pacientes submetidos à sangria terapêutica na região sul de Santa Catarina, no período estudado, é composto principalmente por homens, acima de 50 anos de idade, e que a indicação mais prevalente para o tratamento são as sobrecargas de ferro.

 

Publicado

2018-10-01

Número

Sección

Artigo original

Cómo citar

PERFIL DOS PACIENTES SUBMETIDOS À SANGRIA TERAPÊUTICA NA REGIÃO SUL DE SANTA CATARINA ATENDIDOS EM UM CONSULTÓRIO PRIVADO DE HEMATOLOGIA. (2018). Arquivos Catarinenses De Medicina, 47(3), 100-115. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/446

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