AVALIAÇÃO DO TEMPO DE MATURAÇÃO DAS FÍSTULAS RÁDIO-CEFÁLICAS PARA HEMODIÁLISE
Palabras clave:
Fístula arteriovenosa. Diálise renal. Procedimentos cirúrgicos vasculares.Resumen
A fístula arteriovenosa para hemodiálise é a anastomose entre uma artéria e uma veia superficial, utilizada como acesso venoso definitivo para pacientes que realizam hemodiálise. Após a cirurgia é necessário aguardar a dilatação e o aumento da resistência da parede dos vasos para que a fístula adquira um fluxo mínimo. Este período é chamado de maturação. O presente estudo teve como objetivo avaliar se o tempo de maturação das fístulas rádio-cefálicas é influenciado pelo gênero e idade dos pacientes ou pela causa da insuficiência renal. Foi realizado um estudo observacional retrospectivo com todos pacientes renais crônicos da Clínica de Doenças Renais de Tubarão – SC submetidos à fístula rádio-cefálica no período entre agosto de 2010 e agosto de 2012. A média de idade foi 57,2 anos. O gênero predominante foi o masculino (65,2%). A principal causa de Insuficiência Renal Crônica foi a hipertensão arterial sistêmica em 42,4% dos casos, diabetes em 36,4% e outras doenças em 21,2%. O tempo médio de maturação foi de 41,5 ± 12,8 dias. Pacientes diabéticos apresentaram média de 45,8 ± 14,8 dias e em não diabéticos 39,1 ± 10,9 (p=0,038). A comparação do tempo de maturação com gênero, faixa etária, hipertensão arterial sistêmica e outras doenças não demonstrou diferença estatística. A média do tempo de maturação das fístulas foi de 41,5 dias. Pacientes diabéticos apresentaram tempo de maturação mais prolongado, devendo aguardar um mínimo de 7 semanas para utilização da fístula. O tempo de maturação é aparentemente independente do gênero, faixa etária e outras comorbidades.
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