IDENTIFICAR A INFLUÊNCIA DA OBESIDADE NOS DESFECHOS OBSTÉTRICOS

Autores

  • Iramar Baptistella do Nascimento UNIVILLE
  • Willian Barbosa Sales Barbosa Sales UNIVILLE
  • Leticia Schneider UNIVILLE
  • Julia Cipriano UNIVILLE
  • Alice Bollmann da Costa Moreira UNIVILLE
  • Jean Carl Silva UNIVILLE

Palavras-chave:

Sobrepeso. Recém-nascido. Gravidez.

Resumo

O número de pessoas com excesso de peso tornou-se crescente no mundo, da mesma forma  quando está relacionado à gravidez. A transmissibilidade de mãe para filho é motivo de inúmeros estudos. O estudo tem o propósito de avaliar a transmissibilidade do excesso de peso gestacional em nossa população. Foi realizado no período do mês de março de 2016, em uma maternidade pública. Foram incluídas gestantes com IMC normal (18,5–24,9kg/m²) e com excesso de peso (IMC?25kg/m²). O desfecho primário analisado foi excesso de peso materno e presença de recém-nascido (RN) grande para a idade gestacional (GIG). Foi construído modelo de regressão logística multinomial e ajustado por fatores de confusão, estabelecido intervalo de confiança (IC) de 95%. Foram incluídos 185 pares, 102 (55,1%) gestantes com IMC normal e 83 (44,1%) com excesso de peso. A pesquisa não identificou diferença na idade, estado civil, escolaridade e etnia. A média dos grupos diferiu quanto ao número de gestações anteriores, (2,7) no grupo com excesso de peso em comparação com (2,1) das mães com peso adequado (p<0,01) e a média no número de consultas pré-natal (8,7) e (7,8) (p=0,02) respectivamente. Evidenciou-se que a razão de chance para uma gestante com excesso de peso dar a luz a um RN GIG foi de 4,89 vezes (IC95% 1,97-12,15) e ajustado 4,82 (IC95% 1,88-12,31). A chance de uma gestante com excesso de peso dar a luz a um RN GIG foi quatro vezes maior que uma gestante com IMC normal.

Referências

Cidade DG, Margotto PR, Peraçoli JC. Obesidade e sobrepeso pré-gestacionais : Prevalência e principais complicações maternas. Com Ciências Saúde 2011; 22: 169-82.

Organization WH. World Health Organization: Obesity. Preventing and Managing the Global Epidemic. Report of a WHO Consultation on Obesity. Geneva 1998:2000.

Castaño IB, Sanchez PH, Perez NA, Salvador JJG, Quesada AG, Hernández JAG, et al. Maternal obesity in early pregnancy and risk of adverse outcomes. PLoS One 2013; 8(11):804-10.

Nucci LB, Duncan BB, Mengue SS, Branchtein L, Shimidt MI, Fleck ET. Assessment of weight gain during pregnancy in general prenatal care services in Brazil. Cad Saúde Pública 2001; 17(6):1367-74.

Yu CKH, Teoh TG, Robinson S. Obesity in pregnancy. BJOG An Int J Obstet Gynaecol 2006; 113(10):1117-25.

Silva JC, Souza BV de, Silva MR. Predictors of success of metformin treatment of diabetes mellitus in pregnancy. Rev Bras Saude Mater Infant 2013; 13(2):129-35.

Silva JC, Amaral AR, Ferreira BS, Willeman IKM, Silva MR, Salles WB. Obesidade materna e suas consequências na gestação e no parto: uma revisão sistemática. Femina. 2014; 42(3):135-140

Battaglia FC, Lubchenco LO. A practical classification of newborn infants by weight and gestational age. J Pediatr. 1967; 71: 159-63.

Kac G, Velásquez-Meléndez G. Gestational weight gain and macrosomia in a cohort of mothers and their children. J Pediatr. 2005; 81:47-53.

Kac G, Ben? MHD a, Vela G, Struchiner J. Gestational Weight Gain and Prepregnancy Weight Influence Postpartum Weight Retention in a Cohort of Brazilian Women. Pediatr J.Nutr 2004; 134(3):661-66.

Lamminpaa R, Vehvilainen-Julkunen K, Gissler M, Selander T, Heinonen S. Pregnancy outcomes of overweight and obese women aged 35 years or older. A registry-based study in Finland. Obes Res Clin Pract . 2016; 10(2):133-42.

Sebire NJ, Jolly M, Harris JP, Wadsworth J, Joffe M, Beard RW, et al. Maternal obesity and pregnancy outcome: A study of 287 213 pregnancies in London. Int J Obes Relat Metab Disord 2001; 25(8):1175-82.

Silva JC, Amaral AR, Ferreira BS, Petry JF, Silva MR, Krelling PC. Obesidade durante a gravidez : resultados adversos da gestação e do parto. Rev Bras Ginecol Obstet. 2014; 36(11):509-13

Fonseca MRCC, Laurenti R, Marin CR, Traldi MC Ganho de peso gestacional e peso ao nascer do concepto: estudo transversal na região de Jundiaí, São Paulo, Brasil. Ciência e Saúde Coletiva. 2014; 19(5):1401-1407..

Konno SC, Benicio MHDA, Barros AJD. Fatores associados à evolução ponderal de gestantes: uma análise multinível. Rev Saude Publica 2007; 41(6): 995-1002.

Hickey C. Sociocultural and behavioral infl uences on weight gain during pregnancy. Am J Clin Nutr 2000; 71(5):1364–70

Stulbach TE, Benício MHD, Andreazza R, Kono S. Determinantes do ganho ponderal excessivo durante a gestação em serviço público de pré-natal de baixo risco. Rev Bras Epidemiol 2007; 10: 99-108.

Rodrigues S, Robinson EJ, Kramer MS, Gray-Donald K. High rates of infant macrosomia: a comparison of a Canadian native and a non-native population. J Nutr 2000; 130(4): 806-812..

Silva JC, Bertini AM, Ribeiro TE, Carvalho LS De, Melo MM, Barreto Neto L. Fatores relacionados à presença de recém-nascidos grandes para a idade gestacional em gestantes com diabetes mellitus gestacional. Rev Bras Ginecol e Obs 2009; 31: 5-9. d

Aliyu MH, Luke S, Wilson RE, Saidu R, Alio AP, Salihu HM, et al. Obesity in older mothers, gestational weight gain, and risk estimates for preterm phenotypes. Maturitas 2010; 66: 88-93.

Adamo KB, Ferraro ZM, Goldfield G, Keely E, Stacey D, Hadjiyannakis S, et al. The Maternal Obesity Management (MOM) Trial Protocol: a lifestyle intervention during pregnancy to minimize downstream obesity. Contemp Clin Trials 2013; 35: 87-96.

Stamilio DM, Scifres CM. Extreme obesity and postcesarean maternal complications. Obstet Gynecol 2014; 124: 227-32.

Henriksen T. The macrosomic fetus: a challenge in current obstetrics. Acta Obstet Gynecol Scand 2008; 87(2): 134-145.

Kominiarek M a, Vonderheid S, Endres LK. Maternal obesity: do patients understand the risks? J Perinatol 2010; 30(7):452-8.

Vernini JM, Moreli JB, Magalhães CG, Costa RAA, Rudge MVC, Iracema MP. Maternal and fetal outcomes in pregnancies complicated by overweight and obesity. Reprod Health 2016;13:100.

Kim SS, Zhu Y, Grantz KL, Hinkle SN, Chen Z, Walace ME, Smarr MM, Epps NM, Mendola P. Obstetric and Neonatal Risks Among Obese Women Without Chronic Disease. Obstet Gynecol 2016; 128:104-12.

King JC, Casanueva E. O besity in Pregnancy : Maternal and neonatal effects. Perinatol Reprod Hum 2007; 21(4):210-17.

Catalano PM, Ehrenberg HM. The short- and long-term implications of maternal obesity on the mother and her offspring. BJOG An Int J Obstet Gynaecol 2006; 113(10): 1126-1133.

Fitzsimons KJ, Modder J. Setting maternity care standards for women with obesity in pregnancy. Semin Fetal Neonatal Med 2010; 15(2):100-7.

Ehrenberg HM, Dierker L, Milluzzi C, Mercer BM. Prevalence of maternal obesity in an urban center. Am J Obstet Gynecol 2002; 187(5):1189-93.

Valle CP, Durce K, Adriana C, Anna S. Conseqüências fetais da obesidade gestacional Fetal repercussions of obesity during pregnancy Repercusiones fetales de la obesidad en el embarazo. O Mundo da Saúde São Paulo 2008; 32(4):537-541.

Ovalle A, Martinez MA, Fluentes A, Marques Ximena, Vargas F, Vergara P, Staig P, Marín MP, Oda F, Kakarieka E. Obesidad, factor de riesgo de infección bacteriana ascendente durante el embarazo / Obesity, a risk factor for ascending bacterial infection during pregnancy. Rev Med Chil. 2016;144(4):476-48.

Downloads

Publicado

11/07/2017

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

IDENTIFICAR A INFLUÊNCIA DA OBESIDADE NOS DESFECHOS OBSTÉTRICOS. (2017). Arquivos Catarinenses De Medicina, 46(2), 97-107. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/273

Artigos Semelhantes

1-10 de 39

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>