ANÁLISE DA SATISFAÇÃO FAMILIAR QUANTO AO ATENDIMENTO PRESTADO AO PACIENTE COM DOENÇA ONCOLÓGICA E TOMADA DE DECISÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA

Autores

  • Rafael Miranda Lima Hospital Infantil Joana de Gusmão
  • José Antonio de Souza
  • Thiara Cristina De Oliveira Ramos Faria
  • Joyce Lisboa Freitas
  • Nyrla Yoshie Yano Gomes
  • Ana Maria Nunes de Faria Stamm

Palavras-chave:

UTI Pediátrica. Oncologia. Família

Resumo

Introdução: A hospitalização de uma criança, bem como o diagnóstico de uma doença neoplásica, podem ser considerados uma fatalidade na vida de uma família. O sofrimento decorrente da própria doença e a hospitalização são fatigantes e promovem alterações na maioria dos aspectos da vida em família. Objetivo: Avaliar a satisfação familiar de pacientes com doença oncológica quanto ao atendimento e quanto à tomada de decisão. Metodologia: Estudo qualitativo baseado nas respostas a um questionário de satisfação de um dos pais ou responsáveis de pacientes com doença oncológica internados no período de 01 de janeiro de 2013 a 30 de setembro de 2013 em um hospital de referência no sul do Brasil. O questionário é validado nos EUA, Europa e Brasil e se divide em aspectos relacionados à satisfação com o tratamento e à tomada de decisão. Resultados: Dos 14 familiares elegíveis para a aplicação do questionário de satisfação, 5 (35,7%) aceitaram respondê-lo. Destes 5, todos tinham os filhos vivos na alta da UTI e, no momento da entrevista, apenas 3. Em relação a satisfação com o tratamento foi considerado muito bom e a tomada de decisão boa, mas as falhas da infra-estrutura e na comunicação foram os principais fatores de insatisfação no estudo. Conclusão: O nível de satisfação familiar no atendimento do paciente com doença oncológica e com a tomada de decisão foi considerado bom.

Biografia do Autor

  • Rafael Miranda Lima, Hospital Infantil Joana de Gusmão
    Médico-cirurgião formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará / Hospital universitário João de Barros Barreto. Cirurgião pediátrico formado pelo Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis-SC, com Título de Especialista pela Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica. Mestre em Cuidados Intensivos e Paliativos da Universidade Federal de Santa Catarina.

Referências

McGrath JM. Building relationships with families in the NICU: exploring the guarded alliance. J Perinat Neonatal Nurs 2001 Dez; 15 (3): 74-83.

Nieweglowski VH, Morpe CLOO. Comunicação equipe-família em unidade de terapia intensiva pediátrica: impacto no processo de hospitalização. Estudpsicol (Campinas) 2008 Jan-Mar; 25(1), 111-22.

Moré CLOOO; Macedo RSM. A psicologia na comunidade: uma proposta de intervenção. São Paulo: Casa do Psicólogo; 2006.

Pinho LB; Prado LK. Refletindo sobre o contexto psicossocial de famílias de pacientes internados na unidade de emergência. Ciencenferm 2004; 10(1): 67-77.

Molina RCM, Varela PLR, Castilho AS, Bercini LO; Marcon SS. Presença da família nas unidades de terapia intensiva pediátrica e neonatal: visão da equipe multidisciplinar. Esc Anna Nery R Enferm 2007 Set; 11(3): 437-44.

Andraus LMS, Minamisava R, Munari DB. Desafios da enfermagem no cuidado à família da criança hospitalizada. Ciênccuid saúde 2004 Maio-Ago; 3(2): 203-08.

Cunha MLC. Recém-nascidos hospitalizados: a vivência de pais e mães. Revgaúchenferm 2000; 21 (nº esp): 70-83.

Molina RCM, Fonseca EL, Waidman MAP, Marcon SS. A percepção da família sobre sua presença em uma unidade de terapia intensiva pediátrica e neonatal. RevEscEnferm USP 2009; 43(3): 630-8.

Gomes GC, Erdmann AL. O cuidado compartilhado entre a família e a enfermagem à criança no hospital: uma perspectiva para a sua humanização. Revgaúchenferm 2005 Jan-Abr; 26(1): 20-30.

Brasil. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 1991.

Bowen M. De la família al individuo: ladiferenciacióndelsí mesmo ennel sistema familiar. Barcelona: Paidós Ibérica; 1991

Gauderer EC. A criança, a morte e o luto. J pediatr (Rio J.)1987; 62(3), 82, 85-86; 89-90.

Wall RJ, Engelberg RA, Downey L, Heyland DK, Curtis JR. Refinement, scoring, and validation of the family satisfaction in the intensive care unit (FS-ICU) survey. Crit care med 2007; 35(1271).

Staub LJ, Moritz RD. Satisfação dos familiares de pacientes que morreram na unidade de terapia intensiva. Florianópolis. Tese [Mestrado Profissionalizante em Cuidados Intensivos e Paliativos] – Universidade Federal de Santa Catarina; 2012.

Epelman CL. End-of-life management in pediatric cancer. CurrOncol Rep 2012; 14(2): 191-6.

Heyland DK, Tranmer Je. Measuring family satisfaction with care in the intensive care unit. The development of a questionnaire and preliminary results. J Cri Care 2001; 16(4): 142-9.

Stricker KH, Kinberger, Schmidlin K, Zwahlen M., Mohr U, Rothen HU. Family satisfaction in the intensive care unit: what mades the difference? Intensive Care Med. 2009. 35: 2051-9.

Heyland DK, Rocker GM, Dodek PM, Kutsogiannis DJ, Konopad E, Cook DJ, et al. Family satisfaction with care in the intensive care unit: results of a multiple center study. Crit Care Med. 2002; 30(7): 1413-8.

Wall RJ, Curtis RJ, Cooke CR, Engelberg RA. Family satisfaction in the ICU: differences between families of survicor and nonsirvivors. Chest. 2007; 132(5): 1425-33.

Rothen HU, Stricker KH, Heyland DK. Family satisfaction with critical care: measurements and messages. Cur Op in Crit Care. 2010; 16:623-31.

Levetown M. Communicating with children and families: from everyday interactions to skill in conveying distressing information. Pediatrics 2008; 121(5): 1441-60.

Garwick AW, Patterson J, Bennett FC, Blum RW. Breaking the news: how families first learn about their child’s chronic condition. Arch PediatrcAdolesc Med. 1995; 149(9): 991-7.

Wallan RA, Guimarães HP, Falcão LFR, Lopes RD, Leal PHR, Senna APR, Alheira RG, Machado FR, Do Amaral JLG. Qualidade e humanização do atendimento em medicina intensiva. Qual a visão dos familiares? Revbras ter intensiva. 2006; 18(1): 45-51.

Meyer EC, Ritholz MD, Burns JP, Truog RD. Improving the quality of end-of-life care in the pediatric intensive care unit: parents’ priorities and recommendations. Pediatrics. 2006 117(3): 649-57.

Monterosso L, Kristjanson LJ, Phillips MB. The supportive and palliative care needs of Australian families of children who die from cancer. Palliative Medicine. 2009; 23: 526-36.

Monterosso L, Kristjanson LJ. Supportive and palliative care needs of families of children who die from cancer: an Australian study. Palliative Medicine. 2008; 22: 59-69.

Kross EK, Engelberg RA, Gries CJ, Nielsen EL, Zatzick D, Curtis R. ICU care associated with symptoms of depression and posttraumatic stress disorder among family members of patients who die in the ICU. Chest. 2011; 139(4): 795-801.

Azoulay E, Chevret S, Leleu G. Half the familiers of intensive care unit experience inadequate communication with physicians. Crit Care Med. 2000; 28: 3044-49.

Downloads

Publicado

01/09/2017

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

ANÁLISE DA SATISFAÇÃO FAMILIAR QUANTO AO ATENDIMENTO PRESTADO AO PACIENTE COM DOENÇA ONCOLÓGICA E TOMADA DE DECISÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA. (2017). Arquivos Catarinenses De Medicina, 46(3), 80-94. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/166

Artigos Semelhantes

21-30 de 114

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)