INCIDÊNCIA DE SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DE SANTA CATARINA NO ANO DE 2012

Autores

  • Helena Caetano Gonçalves e Silva
  • Thaís Oliveira de Sousa
  • Thiago Mamôru Sakae UFSC

Palavras-chave:

Sífilis congênita. Sífilis materna. Treponema pallidum. Sífilis congênita precoce. Sífilis congênita tardia.

Resumo

Introdução – A sífilis congênita, apesar de prevenível, vem se mantendo como um problema de saúde pública desafiador até os dias atuais. Objetivos – Descrever a incidência da sífilis congênita no estado de Santa Catarina no ano de 2012. Métodos – Estudo ecológico onde a população estudada foram os casos notificados nas macrorregiões de Santa Catarina, de acordo com os dados obtidos do SINAN acessados em base de dados de acesso público por sífilis congênita no ano de 2012. Os dados foram apresentados na forma de taxas de incidência e também por números absolutos e porcentagens. Resultados – No ano de 2012 a maior taxa de incidência por 100000 nascidos vivos foi na macrorregião Grande Florianópolis (3,64), seguida das macrorregiões Foz do rio Itajaí (3,62) e Sul (1,62). A macrorregião Nordeste também apresentou um alto índice (1,45), seguido das macrorregiões Extremo Oeste (1,34) e Meio Oeste (1,16).  O número de parceiros não tratados foi maior (60,9%) e 85,5% das mães realizaram o pré-natal. A taxa de incidência total de casos no estado de Santa Catarina no ano de 2012 foi de 1,72. Discussão – As falhas na assistência do pré-natal, a realização do diagnóstico tardio ou tratamento inadequado são fatores importantes que poderiam explicar que ainda exista um elevado número de casos de sífilis congênita. Apesar de possuir diagnóstico e tratamento de fácil acesso, verificou-se que o processo não acontece como previsto, provavelmente pela falta real da implementação das orientações do Ministério da Saúde.

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Publicado

11/07/2017

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

INCIDÊNCIA DE SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DE SANTA CATARINA NO ANO DE 2012. (2017). Arquivos Catarinenses De Medicina, 46(2), 15-25. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/265

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