ANÁLISE DE TENDÊNCIA HISTÓRICA DA EVOLUÇÃO DA HANSENÍASE EM SANTA CATARINA NO PERÍODO DE 2001-2015

Autores

  • Thiago Mamoru Sakae UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Michely de Almeida Pescador
  • Flavio Ricardo Liberali Magajewski Unisul

Palavras-chave:

Hanseníase, baciloscopia, estudo ecológico, Mycobacterium leprae

Resumo

Introdução: A Hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, também chamado de bacilo de Hansen. Em Santa Catarina, atualmente há baixos índices de morbidade decorrente de ações efetivas de combate à doença nos últimos vinte anos. Porém existem poucos estudos publicados que avaliem esses indicadores no estado em geral. Objetivos: Avaliar aspectos sociodemográficos e epidemiológicos da evolução da hanseníase no Estado de Santa Catarina, entre os anos de 2001 e 2015. Métodos: Estudo observacional do tipo ecológico, descritivo e analítico. Foram estudadas as características clínicas e epidemiológicas dos pacientes diagnosticados e notificados com hanseníase em Santa Catarina no período de 2001 a 2015. Resultados: No período avaliado, 3605 casos da doença foram notificados no estado. Dentre esses, a maior taxa de incidência da doença ocorreu em 2004, de 5,03/100.000 hab, e a menor em 2015, de 2,42/100.000 hab. A macrorregião que apresentou maior número de casos novos foi o Extremo Oeste, seguida do Planalto Norte. A maioria dos pacientes era do sexo masculino, correspondendo 57,82% dos casos e a faixa etária mais acometida foi dos 40 aos 59 anos de idade. Conclusão: É fundamental que medidas como a implementação de programas e estratégias de educação em saúde, sejam mantidas e aperfeiçoadas afim de reduzir cada vez mais as taxas de incidência da doença no Brasil e preconizar o seu diagnóstico precoce para se evitar o surgimento de possíveis sequelas e complicações.

Biografia do Autor

  • Thiago Mamoru Sakae, UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina
    Doutor em Ciências Médicas - UFSC Mestre em Saúde Pública - UFSC Residência em Saúde da Família e Medicina Comunitária - HNSC Tubarão Residência em Anestesiologia - HF Florianópolis

Referências

Alencar CHM, Ramos Junior AN, Sena Neto SA, Murto C, Alencar MJF, Barbosa JC et al. Diagnóstico da hanseníase fora do município de residência: uma abordagem espacial, 2001 a 2009. Cad Saúde Pública 2012;28(9):1685-98.

Eidt LM. Breve história da hanseníase: sua expansão do mundo para as Américas, o Brasil e o Rio Grande do Sul e sua trajetória na saúde pública brasileira. Saúde Soc. 2004;13(2):76-88.

Penna GO, Pinheiro AM, Nogueira LSC, Carvalho LR, Oliveira MBB, Carreiro VP. Clinical and epidemiological study of leprosy cases in the University Hospital of Brasilia: 20 years - 1985 to 2005. Rev Soc Bras Med Trop. 2008;41(6):575-80.

Braunwald E, Fauci AS, Hauser SL, Kasper DL, Longo DL, Jameson JL. Medicina Interna de Harrison – Volume 1. 18ª Edição, Editora Artmed, Rio de Janeiro, 2013. 1359-67.

Lockwood DN, Suneetha S. Leprosy: too complex a disease for a simple elimination paradigm. Bull World Health Organ. 2005;83(3):230-5.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Coordenação-Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação. Eliminar a hanseníase é possível: um guia para os municípios. Brasília; Ministério da Saúde; versão preliminar; 2015. [10] p. Folhetoilus.

Ribeiro Junior AF, Vieira MA, Caldeira AP. Perfil epidemiológico da hanseníase em uma cidade endêmica no Norte de Minas Gerais. Rev Bras Clin Med. 2012;10(4):272-7.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Coordenação-Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação. Exercício de monitoramento da eliminação da hanseníase no Brasil: LEMû2012 / Leprosy elimination monitoring exercise in Brazil: LEM û 2012 / Ejercicio de monitoreo de la eliminación de la hanseniasis en Brasil: LEM û 2012. Brasília; Ministério da Saúde; 2015. 72 p. Livrotab, graf.

Castro SS, Santos JPP, Abreu GB, Oliveira VR, Fernandes LFRM. Leprosy incidence, characterization of cases and correlation with household and cases variables of the Brazilian states in 2010. An Bras Dermatol. 2016;91(1):28-33.

Araújo MG. Hanseníase no Brasil. Rev Soc Bras Med Trop. 2003;36(3):373-82.

Job CK. Nasal mucosa and abraded skin are the two routes of entry of Mycobacterium leprae. Star. 1990;49:1.

de Lima AS, Pinto KC, Bona MPS, Mattos SML, Hoffmann MP, Mulinari-Brenner FA et al. Leprosy in a University Hospital in Southern Brazil. An Bras Dermatol. 2015;90(5):654-9.

Melão S, Blanco LFO, Mounzer N, Veronezi CCD, Simões PWTA. Perfil epidemiológico dos pacientes com hanseníase no Extremo Sul de Santa Catarina, no período de 2001 a 2007. Rev Soc Bras Med Trop. 2011;44(1):79-84.

de Mello RS, Popoaski MCP, Nunes DH. Perfil dos pacientes portadores de hanseníase na Região Sul do Estado de Santa Catarina no período de 01 de janeiro de 1999 a 31 de dezembro de 2003. Arq Catarin Med. 2006;35(1):29-36.

Cruz Silva MEG, Souza CDF, Silva SPC, Costa FM, Carmo RF. Epidemiological aspects of leprosy in Juazeiro-BA, from 2002 to 2012. An Bras Dermatol. 2015;90(6):799-805.

Porto ACS, Figueira RBFC, Barreto JA, Lauris JRP. Evaluation of the social, clinical and laboratorial profile of patients diagnosed with leprosy in a reference center in São Paulo. An Bras Dermatol. 2015;90(2):169-77.

Lana FCF, Davi RFL, Lanza FM, Amaral EP. Detecção da hanseníase e Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios de Minas Gerais, Brasil. Rev Eletr Enf. 2009;11(3):539-44.

Portal.saude.gov.br [Internet]. Sistema de Informação de Agravos de Notificação, 2011. [acesso 24 out 2016]. Disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/indi_operacionais_epimieologicos_hans_br_2011.pdf

Tabnet.datasus.gov.br [Internet]. Brasil. Ministério da Saúde. Rede Intergerencial de Informações para a Saúde. Taxa de Incidência da Hanseníase; 2014. [acesso 24 out 2016]. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?idb2011/d0206.def

Downloads

Publicado

02/03/2018

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

ANÁLISE DE TENDÊNCIA HISTÓRICA DA EVOLUÇÃO DA HANSENÍASE EM SANTA CATARINA NO PERÍODO DE 2001-2015. (2018). Arquivos Catarinenses De Medicina, 47(1), 141-158. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/307

Artigos Semelhantes

11-20 de 396

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 > >>