TENDÊNCIA TEMPORAL DE INTERNAÇÃO POR COLELITÍASE E COLECISTITE EM ADULTOS E IDOSOS NA REGIÃO SUL DO BRASIL, DE 2008 A 2020

Authors

  • Gizana Carvalho Faria UNISUL
  • Maria Angélica Mariussi
  • Fabiana Oenning

Keywords:

Internação, Epidemiologia, Colelitíase, Colecistite

Abstract

Objetivo: Analisar a tendência temporal de internação por colelitíase e colecistite em adultos e idosos na região Sul do Brasil, de 2008 a 2020. Método: Estudo de tendência temporal de internação por colelitíase e colecistite, com dados do Sistema de Informação Hospitalar do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Análise estatística por regressão linear simples (p<0,05). Resultados: Tendência temporal de estabilidade nas taxas de internação por colelitíase e colecistite na região sul do Brasil (β 0,213; p 0,912), taxa média de 215,07 internações por 100 mil habitantes. Mesmo comportamento no Paraná (β -1,326; p 0,613), Santa Catarina (β -1,306; p 0,503) e Rio Grande do Sul (β -1,767; p 0,315). Maiores taxas encontradas no Rio Grande do Sul (242,55/100 mil habitantes). Estabilidade encontrada em ambos os sexos, com as maiores taxas no sexo feminino (313,60/100 mil mulheres). Incremento nas faixas etárias de 20 a 29 anos masculinas (β= 0,849; p= 0,004) e femininas (β= 4,299; p= 0,024) e aumento 6,13% 4,36%, respectivamente. Redução de 35,03% entre os homens acima de 80 anos (β= -5,645; p= 0,001) e de 50% entre as mulheres acima de 60 anos. Conclusão: Tendência de estabilidade na taxa geral de internação por colelitíase e colecistite na região sul do Brasil. As maiores taxas foram encontradas no estado do Rio Grande do Sul e no sexo feminino. Ambos os sexos com redução das taxas. Incremento nas faixas etárias jovens e redução entre os idosos. Observada mudança do padrão de internação devido a pandemia SARS-CoV-2.

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Published

2024-09-24

Issue

Section

Artigo original

How to Cite

TENDÊNCIA TEMPORAL DE INTERNAÇÃO POR COLELITÍASE E COLECISTITE EM ADULTOS E IDOSOS NA REGIÃO SUL DO BRASIL, DE 2008 A 2020. (2024). Arquivos Catarinenses De Medicina, 52(3), 72-85. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/1454

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