A INFLUÊNCIA DA MICROBIOTA INTESTINAL NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE CÓLON

Autores

  • Priscilla Lima Maia Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE).
  • Bárbara de Cerqueira Fiorio Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Campus Caucaia; Universidade Federal do Ceará (UFC).
  • Francisco Regis da Silva Universidade Estadual do Ceará (UECE); Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE).

Palavras-chave:

Câncer de cólon. Microbiota intestinal. Probióticos. Prebióticos.

Resumo

Atualmente, sabe-se que a qualidade de vida está intrinsecamente relacionada com a dieta e com as atividades diárias dos indivíduos. Esses hábitos são de grande relevância para a prevenção de doenças, entre elas, o câncer de cólon, doença muito comum na atualidade. O papel da microbiota intestinal, em particular, das bactérias colônicas, vem sendo bastante discutida na etiologia do câncer de cólon. Diversos estudos apontam a importância em manter o equilíbrio da microbiota, visto que esta influencia diretamente sobre fatores microbiológicos, imunológicos e bioquímicos do hospedeiro. Os alimentos funcionais, entre eles, os probióticos e os prebióticos, ou ainda conjuntamente, os simbióticos, podem assegurar o equilíbrio dessa microbiota evitando o crescimento excessivo de microorganismos patogênicos e a produção de substâncias carcinogênicas. Os especialistas apontam que a microbiota intestinal apresenta ainda papel relevante no tratamento desta patologia, porém mais estudos devem ser avaliados.   

Biografia do Autor

  • Priscilla Lima Maia, Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE).
    Nutricionista. Especialização em Residência Multiprofissional em Cancerologia pela Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE). 
  • Bárbara de Cerqueira Fiorio, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Campus Caucaia; Universidade Federal do Ceará (UFC).

    Nutricionista do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Campus Caucaia. Mestre em Nutrição e Saúde pela Universidade Estadual do Ceará (UECE); Doutoranda em Ciências Morfofuncionais pela Universidade Federal do Ceará (UFC). 

  • Francisco Regis da Silva, Universidade Estadual do Ceará (UECE); Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE).
    Nutricionista. Mestrando em Saúde Coletiva pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSAC) do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Estadual do Ceará (UECE); Especializando em Saúde Pública pela Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE).

Referências

Almeida LB, Marinho AB, Souza AS, Cheib PVB. Disbiose intestinal. Revista Brasileira de Nutrição Clínica 2009;24(1):58-65.

Ministério da Saúde (Brasil), Secretaria de Assistência à Saúde, Instituto Nacional de Câncer. Falando sobre câncer do intestino. Rio de Janeiro: INCA: 2003.

Ministério da Saúde (Brasil), Instituto Nacional do Câncer. Estimativa 2012: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA: 2013.

Stefe CA, Alves MAR; Ribeiro RL. Probióticos, prebióticos e simbióticos. Revista Saúde e Ambiente2008;3(1):16-33.

Bengmark S. Ecological control of the gastrointestinal tract. The role of probiotic flora. Gut. 1998;42:2-7.

Denipote FG, Trindade EBS, Burini R C. Probióticos e prebióticos na atenção primária ao câncer de cólon. Arq. Gastroenterol 2010; 47(1).

Damião AOMC, Leite AZA, Lordello MLL, Sipahi AM. Probióticos. In: Waitzberg LD. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. 4 ed. São Paulo: Editora Atheneu; 2009.

Bedani R, Rossi E.A. Microbiota intestinal e probióticos: Implicações sobre câncer de cólon. Revista Alimentos e Nutrição 2008;16(7):19-25.

Bourlioux P, Koletzko B, Guarner F, Braesco V. The intestine and its microflora are partners for the protection of the host: report on the danone symposium “The intelligent intestine”. The American Journal of Clinical Nutrition 2002:675-683.

Santos TT, Varavallo MA. A importância de probióticos para o controle e/ou reestruturação da microbiota intestinal. RevistaCientífica do Itpac 2011;4(1):40-49.

Machado A. dos S. Importância da microbiota intestinal para a saúde humana, enfocando nutrição, probióticos e disbiose. TCC - Especialista em Microbiologia, UFMG, Belo Horizonte, 2008.

Ramos MPP. Influência da ingestão de Bifidobacterium breve carreado no leite humano na modulação da microbiota intestinal, na histomorfometria do cólon, na produção de citocinas e de espécies reativas do oxigênio e do nitrogênio em modelomurino. Tese de Doutorado, Universidade Federal de Viçosa, Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, Viçosa - MG, 2006.

Varavallo MA, Thomé JN, Teshima E. Aplicação de bactérias probióticas para profilaxia e tratamento de doenças gastrointestinais. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde 2008;29(1):83-104.

Santos RB, Barbosa LPJL, Barbosa FHF. Probióticos: microrganismos funcionais. Revista Ciência equatorial 2011;1(2).

Berg RD. Probiotic, probiotics or conbiotics? Trends Microbiol 1998;6:89-92.

Martins FSM, Barbosa FHF, Penna FJ, Rosa CA, Nardi RMD, Neves MJ, et al. Estudo do potencial probiótico de linhagens de saccharomycescerevisiaeatravés de testes in vitro. Revista de Biologia e Ciências da Terra2005;5(2).

Gomes AMP, Malcata FX. Agentes probióticos em alimentos: aspectos fisiológicos e terapêuticos, e aplicações tecnológicas. Biotecnologia Alimentar: Boletim de Tecnologia 2002;101:12-22.

Lima AR, Lacerda AA, Junqueira CS, Pimenta LM. Propriedades funcionais dos probióticos no tratamento da disbiose intestinal. Disponível em: <http://blog.newtonpaiva.br>. Acesso em 28/09/13.

Mathai K. Nutrição na idade adulta. In: Mahan LK, editor. EscottStump S. Krause – alimentos, nutrição e dietoterapia. 10ª ed. São Paulo:Roca;2002. p.261-75.

Compare D, Nardone G. Contribuition of gut microbiota to colonic and extracolonic cancer development. Dig Dis. 2011;29(6):554-61.

Geier MS, Butler RN, Howarth GS. Probiotics, prebiotics and synbiotics: A role in chemoprevention for colorectal cancer? Cancer Biology & Therapy 2006;5(10):1265-1269.

Brady LJ, Gallaher DD, Busta FF. The role of probiotic cultures in the prevention of colon cancer. J. Nutr. 2000;130:410-14.

Hope ME, Hold GL, Kain R, El-Omar EM. Sporadiccolorectal câncer – role ofthe comensal microbiota. FEMS MicrobiolLett2005;244:1-7.

Grady WM. Genomic instability and colon cancer. Genomic Metastasis Rev 2004;23:11-27.

Saad SMI. Probióticos e prebióticos: o estado da arte. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas2006;42(1):1-16.

Gastaldo K, Rossin FM, Navarro P, De Sá CC, Navarro-Rodriguez T. Câncer de cólon. Revista Moreira Jr 2006:511-17.

Tlaskalová-Hogenová H, St?pánková R, Kozáková H, Hudcovic T, Vannucci L, Tu?ková L, et al. The role of gut microbiota (commensal bacteria) and the mucosal barrier in the pathogenesis of inflammatory and autoimmune diseases and cancer: contribution of germ-free and gnotobiotic animal models of human diseases. Cell MolImmunol. 2011;8(2):110-20.

Rafter J. Probiotics and colon cancer. Best Pract Res ClinGastroenterol 2003;17:849-59.

Oliveira AL. de. O papel dos simbióticos na prevenção, tratamento e modulação da resposta inflamatória em pacientes com carcinoma colorretal. Revista interdisciplinar de estudos experimentais 2009;1(4):23-31.

Tlaskalová-Hogenová H, Stepánková R, Hudcovic T, Tucková L, Cukrowska B, Lodinová-Zádníková R, et al. Commensal bacteria (normal microflora), mucosal immunity and chronic inflammatory and autoimmune diseases. ImmunolLett. 2004;93(2-3):97-108.

de Moreno de LeBlanc A, Perdigon G. Reduction of beta-glucuronidase and nitroreductase activity by yoghurt in a murine colon cancer model. Biocell. 2005;29:15-24.

Cebra JJ. Influences of microbiota on intestinal imune system development. Am J ClinNutr 1999;69:1046-1951.

Bedani R. Influência do consumo de “Iogurte” de soja fermentado com Enterococcusfaeciumna microbiota intestinal de animais e humanos. [Tese de Doutorado]. Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências Farmacêuticas. Programa de Pós Graduação em Alimentos e Nutrição, Araraquara; 2008.

Tsujii M, Kawano S, Tsuji S, Nagano K, Ito T, Hayashi N, et al. Ammonia: a posible promoter in Helicobacter pylori related gastric carcinogenesis. Cancer Lett. 1992;65:15-18.

Modler GM, Mckellar RC, Yaguchi M. Bifidobacteria and bifidogenic factors. Canadian Institute of Food Science and Technology Journal 1990;23:29-41.

Spanhaak S, Havenaar R, Schaafsma G. The effect of consumption of milk fermented by Lactobacillus casei strain Shirota on the intestinal microflora and immune parameters in humans. Eur. J. Clin. Nutr. 1998;52:899-07.

Rowland IR, Rumney CJ, Coutts JT, Lievense LC. Effect of Bifidobacteriumlongumand inulin on gut bacterial metabolism and carcinogen-induced aberrant crypt foci in rats. Carcinogenesis 1998;19:281-85.

Burns AJ, Rowland IR. Anti-carcinogenicity of probiotics and prebiotics. Curr Issues IntestMicrobiol. 2002;1:13-24.

Kaur N, Gupta AK. Applications of inulin and oligofructose in health and nutrition. J Biosci. 2002;27:703-14.

Duncan SH, Flint HJ. Probiotics and prebiotics and health in ageing populations. Maturitas2013;75:44–50.

Azcárate-Peril MA, Sikes M, Bruno-Bárcena JM. The intestinal microbiota, gastrointestinal environment and colorectal cancer: a putative role for probiotics in prevention of colorectal cancer?Am J PhysiolGastrointestLiverPhysiol. 2011;301(3):401-24.

Lim CC, Ferguson LR, Tannock GW. Dietary fibres as "prebiotics": implications for colorectal cancer.MolNutr Food Res. 2005;49(6):609-19.

Downloads

Publicado

02/03/2018

Edição

Seção

Artigo de revisão

Como Citar

A INFLUÊNCIA DA MICROBIOTA INTESTINAL NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE CÓLON. (2018). Arquivos Catarinenses De Medicina, 47(1), 182-197. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/281

Artigos Semelhantes

31-40 de 544

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)