MORTALIDADE POR DOENÇA DE ALZHEIMER E DESENVOLVIMENTO HUMANO NO SÉCULO XXI: UM ESTUDO ECOLÓGICO NAS GRANDES REGIÕES BRASILEIRAS

Autores

  • Rafael de Castilhos Vidor Estudante de Medicina - UNISUL
  • Thiago Mamoru Sakae UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Flavio Ricardo Liberali Magajewski Médico, Doutor em Engenharia de Produção – UFSC. Mestre em Saúde Pública – UFSC. Professor do curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, Santa Catarina, Brasil.

Palavras-chave:

doença de Alzheimer. mortalidade. desenvolvimento humano. estudos ecológicos

Resumo

Introdução: As mudanças sociodemográficas e epidemiológicas nas últimas décadas trouxeram uma nova realidade para o país: o envelhecimento acelerado da população brasileira. Nesse contexto, a Doença de Alzheimer (DA) tornou-se a mais prevalente e com maior contribuição na mortalidade nesse grupo. Metodologia: estudo ecológico, observacional, utilizando estatística descritiva e analítica, que analisou a associação entre a evolução da mortalidade relacionada à doença de Alzheimer e componentes do Índice de Desenvolvimento Humano - IDH em grandes regiões brasileiras nos anos censitários de 2000 e 2010. Os dados brutos de mortalidade foram obtidos por meio de pesquisas no Sistema de Informação sobre Mortalidade - SIM, administrado pelo DATASUS, e a base populacional por meio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dados relacionados ao Índice de Desenvolvimento Humano - IDH, por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Resultados e Discussão: indicaram aumento significativo na taxa de mortalidade de Alzheimer quando comparados aos dois anos analisados, com predomínio do sexo feminino e acima de 75 anos. As regiões Sul e Sudeste foram responsáveis pelas maiores taxas de mortalidade. Em 2000, considerando o IDH das grandes regiões analisadas, foi encontrada correlação positiva apenas entre o IDH - Educação e a mortalidade por AD no sexo feminino. Em 2010, o relacionamento foi generalizado. Conclusão: a promoção de políticas públicas voltadas à melhoria das condições de vida social, entretanto evidências indicaram que as taxas de mortalidade por doença de Alzheimer aumentaram em todo o país.

Biografia do Autor

  • Thiago Mamoru Sakae, UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina
    Pós Doutor em Ciências da Saúde - Unisul. Doutor em Ciências Médicas - UFSC. Mestre em Saúde Pública - UFSC. Residência Médica em Saúde da Família e Medicina Comunitária - HNSC Tubarão. Residência Médica em Anestesiologia - HF Florianópolis

Referências

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Publicado

25/03/2019

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

MORTALIDADE POR DOENÇA DE ALZHEIMER E DESENVOLVIMENTO HUMANO NO SÉCULO XXI: UM ESTUDO ECOLÓGICO NAS GRANDES REGIÕES BRASILEIRAS. (2019). Arquivos Catarinenses De Medicina, 48(1), 94-107. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/394

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