ASSOCIAÇÃO ENTRE VITAMINA D SÉRICA E PARÂMETROS BIOQUÍMICOS DE RESISTÊNCIA À INSULINA EM ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO
Palavras-chave:
Adolescentes. Obesidade. Vitamina D. Resistência à insulina. Síndrome metabólica.Resumo
Objetivo: Avaliar os níveis séricos de vitamina D em adolescentes com excesso de peso e sua relação com parâmetros bioquímicos de resistência à insulina.
Métodos: Estudo observacional em 86 adolescentes com excesso de peso acompanhados em serviço de atenção secundária entre agosto de 2014 a agosto de 2016. Para o diagnóstico de excesso de peso considerou-se os critérios da Organização Mundial da Saúde. Os parâmetros de resistência à insulina (RI) utilizados foram HOMA-IR > 3,16; relação glicose/insulina (G/I) < 6,0 e insulina de jejum > 15 mU/L. Os níveis séricos de 25OHD foram categorizados em suficiência (>30 ng/ml) e hipovitaminose D (<30 ng/ml). Na análise estatística utilizou-se a estatística descritiva e os testes Kolmogorov-Smirnov, Spearman, t de Student e qui-quadrado. O nível de significância adotado foi p<0,05.
Resultados: 62,8% dos adolescentes apresentaram níveis séricos de vitamina D abaixo do recomendado. Observou-se maior frequencia de hipovitaminose D assim como níveis séricos inferiores de 25OHD nos adolescentes com obesidade. A hipovitaminose D ocorreu em 73,8% dos adolescentes com obesidade e em 51,1% daqueles com sobrepeso (p<0,05), enquanto a 25OHD sérica foi de 23,9+8,7 vs 29,1+10,6; p<0,05, respectivamente. A RI foi mais frequente nos adolescentes com hipovitaminose D: relação glicose/insulina baixa 71,1% vs 4,2%; HOMAR-IR elevada 76,0% vs 50,0%; hiperinsulinismo 75,0%vs 30,0%; p <0,05.
Conclusão: Houve associação entre o nível sérico de vitamina D e os parâmetros de resistência à insulina em adolescentes com excesso de peso. Aqueles com hipovitaminose D apresentaram maior frequência de hiperinsulinismo, HOMA-IR elevado e G/I baixa.Referências
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