PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS EXAMES DE ELETROENCEFALOGRAMA REALIZADOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROF. POLYDORO ERNANI DE SÃO THIAGO (FLORIANÓPOLIS, SC) NO ANO DE 2013

Authors

  • Fabrício Marques Corrêa Universidade Federal de Santa Catarina.
  • Katia Lin Universidade Federal de Santa Catarina.

Keywords:

Eletroencefalograma. Requisições. Epidemiologia.

Abstract

O presente estudo realizou um levantamento epidemiológico das requisições de eletroencefalograma (EEG) enviadas ao Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC) (Florianópolis, SC) ao longo do ano de 2013, comparando os achados à literatura. Este é um estudo observacional de desenho transversal em que as requisições enviadas ao HU-UFSC de EEGs realizados no ano de 2013 foram selecionadas e avaliadas quanto às variáveis demográficas dos pacientes, ao perfil dos médicos e serviços de saúde solicitantes e à observância aos seus critérios de utilização. Nos 642 exames realizados em 2013, a média de idade dos pacientes foi de 35,83 [± desvio-padrão (DP) = 19,79] anos, com 55,1% de mulheres e 44,9% homens, sendo 33,0% procedentes de Florianópolis. Os neurologistas solicitaram a maior proporção de EEGs, com 38,2% da amostra e o principal serviço de saúde requerente foi o próprio HU-UFSC, respondendo por 40,8% da mesma. 63,1% dos exames foram considerados bem indicados, havendo diferença estatisticamente significante no comparativo entre o HU-UFSC e os demais serviços de saúde, mas não entre neurologistas e demais médicos. Os resultados encontrados são, em sua maioria, condizentes com a literatura, fazendo-se ressalva para as dificuldades que a escassez de informações oferecidas por parte dos médicos pode impactar negativamente na interpretação adequada destes exames, o que torna evidente a necessidade do correto e completo preenchimento destes pedidos.

Author Biographies

  • Fabrício Marques Corrêa, Universidade Federal de Santa Catarina.

    Acadêmico do curso de graduação em medicina, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Florianópolis. Brasil.

  • Katia Lin, Universidade Federal de Santa Catarina.

    MD, PhD. Professora Adjunta II, Serviço de Neurologia, Departamento de Clínica Médica, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Florianópolis. Brasil. 

References

Olejniczak, P. Neurophysiologic Basis of EEG. J Clin Neurophysiol. 2006;23:186-189.

Tatum IV WO, et al. Normal Adult EEG and Patterns of Uncertain Significance. J Clin Neurophysiol. 2006;23:194-207.

Fowle AJ, Binnie CD. Uses and Abuses of the EEG in Epilepsy. Epilepsia. 2000;41:S10-S18.

Seneviratne U, et al. The utility of ambulatory electroencephalography in routine clinical practice: A critical review. Epilepsy. Res 2013; http://dx.doi.org/10.1016/j.eplepsyres.2013.02.004.

Epstein CM. Digital EEG: Trouble in Paradise? J Clin Neurophysiol. 2006;23:190–193.

Benbadis SR, Lin K. Error in EEG Interpretation and Misdiagnosis of Epilepsy. Eur Neurol. 2008;59:267–271.

Salinsky M, Kanter R, Dasheiff RM. Effectiveness of Multiple EEGs in Suporting the Diagnosis of Epilepsy: An Operational Curve. Epilepsia. 1987;28:331-334.

Ricardo JAG, et al. The impact of EEG in the diagnosis and management of patients with acute impairment of consciousness. Arq Neuropsiquiatr. 2012;70:34-39.

American Academy of Neurology. Practice Parameter: The Eletroencephalogram in the Evaluation of Headache. Neurology. 1995;45:1411-1413.

Conselho Federal de Medicina (Brasil). Resolução no 1841, de 21 de agosto de 1997. Estabelece Critérios para Diagnóstico de Morte Encefálica. D Of União. 21 ago 1997;(160, seção I):71-72. Disponível em: www.in.gov.br.

Niedermeyer E, Silva FHL. Electroencephalography: Basic principles, clinical applications, and related fields. Baltimore (MD): Williams & Wilkins; 2004;167-192.

Praline J, Grujic J, Corcia P, et al. Emergent EEG in clinical practice. Clin Neurophysiol. 2007;118:2149-2155.

Misra UK, Kalita J. Seizures in encephalitis: predictors and outcome. Seizure 2009;18:583-587.

Bahamon-Dussan JE, Celesia GG, Grigg-Damberger MM. Prognostic significance of EEG triphasic waves in patients with altered state of consciousness. J Clin Neurophysiol. 1989;6:313-319.

Nicolaides P, Appleton RE, Beirne EM. EEG requests in paediatrics: an audit. Arch Dis Child. 1995;72:522-523.

Binnie CD. EEG audit: increasing cost efficiency of investigations in epilepsy. Electroencephalogr Clin Neurophysiol. 1990;76:29P.

Smith D, et al. Requests for electroencephalography in a district general hospital: retrospective and prospective audit. British Medical Journal. 2001;322:954-957.

Benbadis SR, Tatum WO. Overinterpretation of EEGs and Misdiagnosis of Epilepsy. J Clin Neurophysiol. 2003;20(1):42-44.

Sousa MF, Hamann EM. Programa Saúde da Família no Brasil: uma agenda incompleta?. Ciênc. saúde coletiva. 2009;14:1325-1335.

Marino R Jr, Cukiert A, Pinho E. Aspectos epidemiológicos da epilepsia em São Paulo. Arq Neuropsiquiatr. 1986;44:243-254.

Borges Moacir Alves, Min Li Li, Guerreiro Carlos A.M., Yacubian Elza M.T., Cordeiro José A., Tognola Waldir A. et al . Urban prevalence of epilepsy: populational study in São José do Rio Preto, a medium-sized city in Brazil. Arq. Neuro-Psiquiatr. 2004;62(2a):199-204.

Pinheiro RS, Viacava F, Travassos C, Brito ADS. Gênero, morbidade, acesso e utilização de serviços de saúde no Brasil. Ciênc. saúde coletiva. 2002; 7(4):687-707.

Published

2016-11-23

Issue

Section

Artigo original

How to Cite

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS EXAMES DE ELETROENCEFALOGRAMA REALIZADOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROF. POLYDORO ERNANI DE SÃO THIAGO (FLORIANÓPOLIS, SC) NO ANO DE 2013. (2016). Arquivos Catarinenses De Medicina, 45(3), 35-47. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/109

Similar Articles

41-50 of 80

You may also start an advanced similarity search for this article.