CONSUMO REFERIDO DE MEDICAMENTOS EM ATLETAS DE UMA UNIVERSIDADE DO SUL DO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM O ESTRESSE

Autores/as

  • Cíntia Silveira da Silva
  • Gabriela Elias Medeiros
  • Dayani Galato Universidade de Brasilia (UnB).
  • Thiago Mamôru Sakae Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL.
  • Karina Valerim Teixeira Remor Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL.

Palabras clave:

Atletas. Estresse. Medicamentos.

Resumen

Introdução: Os atletas, na busca de melhores resultados durante as competições, podem estar submetidos ao estresse, que por sua vez pode estar associado à ansiedade, treinos excessivos, fadiga e lesões musculares, bem como ao uso indiscriminado de medicamentos. Contudo, este grupo de indivíduos possui limitações quanto ao uso de certas substâncias, e um uso inadvertido poderá ser caracterizado como doping. Objetivo: Identificar o padrão de consumo de medicamentos por parte dos atletas de uma universidade privada no sul do Brasil e sua relação com o estresse. Métodos: participaram deste estudo 71 atletas (censo), praticantes de modalidades esportivas individuais/não rendimento (homens e mulheres) e coletiva/rendimento (homens). Os atletas responderam dois questionários, um com o objetivo de coletar dados referentes ao consumo de medicamentos e outro para avaliação do estresse. Os dados foram apresentados de forma descritiva e adotou-se o teste do Qui-quadrado e teste t de student para avaliar as associações (p<0,05). Resultados: Dos atletas, 14 (19,7%) praticavam a modalidade coletiva de futebol de salão e 57 (80,3%) outras modalidades individuais. Quanto ao uso de medicamentos, 64,1% referiu utilizar antiinflamatórios não esteroidais, seguido dos antigripais (34,4%) e relaxantes musculares (29,7%). Dos entrevistados 57,7% afirmaram não conhecer a lista de substâncias proibidas. Quanto ao estresse, 61,0% atletas não apresentava esta condição. Realizando-se o teste de associação, obteve-se significância estatística apenas entre ter estresse e o gênero feminino (p=0,01). Conclusão: os atletas consomem medicamentos, mesmo desconhecendo a lista de substâncias proibidas no esporte, principalmente para tratar lesões oriundas da prática esportiva, em especial os antiinflamatórios e relaxantes musculares. Quanto ao nível de estresse, a maioria não apresentou esta condição clínica. Além disso, o estresse não se associou à modalidade esportiva ou ao consumo de medicamentos.

Biografía del autor/a

  • Cíntia Silveira da Silva
    Farmacêutica - Curso de Farmácia. Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão – Santa Catarina.
  • Gabriela Elias Medeiros
    Farmacêutica - Curso de Farmácia. Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão – Santa Catarina.
  • Dayani Galato, Universidade de Brasilia (UnB).

    Universidade de Brasilia (UnB), FCE Curso de Farmácia.

  • Thiago Mamôru Sakae, Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL.
    Médico anestesiologista, Doutor em Ciências Médicas – UFSC. Professor da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL.
  • Karina Valerim Teixeira Remor, Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL.

    Farmacêutico, Doutora em Farmacologia - Núcleo de Pesquisa em Atenção Farmacêutica e Estudos de Utilização de Medicamentos (NAFEUM). Curso de Farmácia. Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. 

Referencias

Aquino Neto FR. O papel do atleta na sociedade e o controle de dopagem no esporte. Rev Bras Med Esporte 2001;7:138-48.

De Rose EH, Aquino Neto FR, Levy R. Informação sobre o uso de medicamentos no esporte. 9ª ed. Rio de Janeiro: COB, 2010.

Pardini DP. Alterações hormonais da mulher atleta. Arq Bras Endocrinol Metab 2001;45:343-51.

Ambrose PJ. Drug use in sports: a veritable arena for pharmacists. J Am Pharm Assoc 2004;44:501-14.

Silva WA, Buchalla CM, Latorre MRDO, Stall R, Hearst N. Prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e Aids entre jogadores juniores. Rev Saude Publ 2002;36:68-75.

Corrigan B, Kazlauskas R. Medication use in athletes selected for doping control at the Sydney Olympics (2000). Clin J Sport Med 2003;13:33-40.

De Rose EH, Feder MG, Pedroso PR, Guimarães AZ. Uso referido de medicamentos e suplementos alimentares nos atletas selecionados para controle de doping nos Jogos Sul-Americanos. Rev Bras Med Esporte 2006;12:239-42.

Lipp MEN. Manual do inventário de sintomas de stress para adultos de Lipp (ISSL). São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.

Palacio EP, Candeloro BM, Lopes AA. Lesões nos jogadores de futebol profissional do Marília Atlético Clube: estudo de coorte histórico do Campeonato Brasileiro de 2003 a 2005. Rev Bras Med Esporte 2009;15:31-35.

Alaranta A, Alaranta H, Heliovaara M, Airaksinen M, Helenius I. Ample use of physician-prescribed medications in Finnish elite athletes. Int J Sports Med 2006;27:919-25.

Oliveira JF, Sá JPO, Cruz MEM. Identificação e monitorização do vírus Influenza A e B, na população de Maceió. Ciência & Saúde Coletiva 2004;9:241-46.

Rodrigues BF, Farias F, Takara G, Pavin L, Sena L, Nascimento M, et al. Vírus influenza e o organismo humano. Revista APS 2007;10:210-16.

Servidone AB, Coelho L, Navarro ML, Ávila FG, Mezzalira R. Perfil da automedicação nos pacientes otorrinolaringológicos. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia 2006;72:83-8.

Vieira FS. Possibilidades de contribuição do farmacêutico para a promoção da saúde. Ciência & Saúde Coletiva 2007;12:213-20.

Fiamoncini RL, Fiamoncini RE. O stress e a fadiga muscular: fatores que afetam a qualidade de vida dos indivíduos. Revista Digital 2003;9:45-51.

Pafaro RC, De Martino MMF. Estudo do estresse do enfermeiro com dupla jornada de trabalho em um hospital de oncologia pediátrica de Campinas. Revista da Escola de Enfermagem da USP 2004;38:152-60.

Lipp MEN, Tanganelli MS. Stress e qualidade de vida em magistrados da justiça do trabalho: diferenças entre homens e mulheres. Psicologia: reflexão e crítica 2002;15: 537-48.

Rossetti MO, Ehlers DM, Guntert IB, Leme IFAS, Rabelo ISA, Tosi SMVD, et al. O inventário de sintomas de stress para adultos de lipp (ISSL) em servidores da polícia federal de São Paulo. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas 2008;4:108-20.

Marques AC. Evolução do esporte, treinamento e performance: um universo em ciências do esporte. Movimento & Percepção 2009;10:13-26.

Modolo VB, Mello MT, Gimenez PRB, Tufik S, Antunes HKM. Dependência de exercício físico: humor, qualidade de vida em atletas amadores e profissionais. Rev Bras Med Esporte 2009;15:355-9.

Publicado

2016-12-30

Número

Sección

Artigo original

Cómo citar

CONSUMO REFERIDO DE MEDICAMENTOS EM ATLETAS DE UMA UNIVERSIDADE DO SUL DO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM O ESTRESSE. (2016). Arquivos Catarinenses De Medicina, 45(4), 41-52. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/136

Artículos similares

31-40 de 41

También puede Iniciar una búsqueda de similitud avanzada para este artículo.

Artículos más leídos del mismo autor/a

1 2 3 > >>