FATORES ASSOCIADOS À QUALIDADE DE VIDA EM GESTANTES DE ALTO RISCO

Autores

  • Julia Balbinotti Trombetta Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Rodrigo Dias Nunes Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Jefferson Traebert
  • Leonardo Demartini Freschi Universidade do Sul de Santa Catarina

Palavras-chave:

Qualidade de vida. Gestantes. Gravidez de alto risco. Cuidado pré-natal. Cônjuges.

Resumo

Objetivo: Identificar fatores associados à baixa qualidade de vida de gestantes com gravidez de alto risco. Método: Trata-se de um estudo transversal, que incluiu 104 pacientes, atendidas no ambulatório de cuidado pré-natal de alto risco em um hospital público, de agosto a novembro de 2017, por meio do Índice de Qualidade de Vida de Ferrans e Powers. Foram avaliadas as associações das características sociodemográficas e clínico-obstétricas com a qualidade de vida destas gestantes, utilizando-se as razões de prevalência e seus respectivos intervalos de confiança de 95%, através do teste qui-quadrado ou a prova exata de Fisher. Uma análise multivariada foi realizada por meio da regressão de Poisson entre as variáveis com p ? 0,25. Foi utilizado como nível de significância p < 0,05. Resultados: Mulheres sem cônjuges apresentaram 1,28 (IC95% 1,10-1,49) vez maior probabilidade de estarem associadas à baixa qualidade (p=0,001), quando comparadas às mulheres com parceiro. As demais variáveis não apresentaram significância estatística de forma geral. As comorbidades mais prevalentes entre as gestantes foram as doenças obstétricas.  Conclusão: A ausência de um parceiro fixo foi a única variável diretamente associada à baixa qualidade de vida em gestantes de alto risco.

 

Biografia do Autor

  • Julia Balbinotti Trombetta, Universidade do Sul de Santa Catarina
    Médica graduada pela Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Rodrigo Dias Nunes, Universidade do Sul de Santa Catarina
    Docente do Curso de Medicina. Universidade do Sul de Santa Catarina - Palhoça (SC) Brasil
  • Jefferson Traebert

    Docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde – Palhoça (SC) Brasil

  • Leonardo Demartini Freschi, Universidade do Sul de Santa Catarina
    Médico graduado pela Universidade do Sul de Santa Catarina

Referências

Serruya SJ, Lago TDG, Cecatti JG. O programa da atenção pré-natal no Brasil e o Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento. Rev Bras Saúde Matern Infant, Recife. 2004; 4(3):269-79.

World Health Organization (WHO). Health topics. Pregnancy. 10 Facts on Maternal Health. [Acesso em 2017 Abril 20] Disponível em: http://www.who.int/features/factfiles/maternal_health/maternal_health_facts/en/index2.html

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE (Brasil). Séries históricas e estatísticas. [Acesso em 2017 Abril 20]. Disponível em: http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/lista_tema.aspx?op=0&no=10&de=102

Ministério da Saúde (Brasil). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de Alto Risco: Manual Técnico. Brasília: Ministério da Saúde; 2012.

Dunkel SC. Psychological Science on Pregnancy: Stress Processes, Biopsychosocial Models, and Emerging Research Issues. Annu Rev Psychol. 2011; 62(1):531-58.

Abbaszadeh F, Kafaei M, Masoudi AN et al. Relationship Between Quality of Life and Depression in Pregnant Women. Nurs Midwifery Stud. 2013; 1(4):193-7.

Barofsky I. Can quality or quality-of-life be defined? Qual Life Res. 2011;21(4):625-31.

Field T. Prenatal depression effects on early development: A review. Infant Behav Dev. 2011; 34(1):1-14.

Byrd-Craven J, Massey A. Lean on me: Effects of social support on low socioeconomic-status pregnant women. Nurs Health Sci. 2013; 15(3):374-78.

Giurgescu C, Zenk S, Dancy B et al. Relationships among Neighborhood Environment, Racial Discrimination, Psychological Distress, and Preterm Birth in African American Women. J Obstet Gynecol Neonatal Nurs. 2012; 41(6):E51-E61.

Lederman R. Preterm Birth Prevention: A Mandate for Psychosocial Assessment. Issues Ment Health Nurs. 2011; 32(3):163-69.

Dunkel Schetter, C and Tanner, L. Anxiety, depression and stress in pregnancy: implications for mothers, children, research, and practice. Curr Opin Psychiatry. 2012; 25:141–48.

Mogos M, August E, Salinas-Miranda A et al. A Systematic Review of Quality of Life Measures in Pregnant and Postpartum Mothers. Appl Res Qual Life. 2012; 8(2):219-50.

Ferrans C, Powers M. Quality of life index. ANS Adv Nurs Sci. 1985;8(1):15-24.

Vachkova E, Jezek S, Mares J et al. The evaluation of the psychometric properties of a specific quality of life questionnaire for physiological pregnancy. Health Qual Life Outcomes. 2013; 11(1):214.

Castro D, Fracolli L. Qualidade de vida e promoção da saúde: em foco as gestantes. Mundo Saúde. 2013; 37(2):159-65.

Rezende C, Souza J. Qualidade de Vida das Gestantes de Alto Risco de um Centro de Atendimento à Mulher. Psicólogo in Formação. 2012 ;16(16):45-69.

Ferrans and Powers Quality of Life Index: Questionnaires and Scoring [Acesso em 2017 Mai 5]. Disponível em: http://qli.org.uic.edu/questionaires/questionnairehome.htm

Kimura M, Silva JV. Índice de Qualidade de Vida de Ferrans e Powers. Rev Esc Enferm USP. 2009; 43:1098-104.

Davin R., Silva R., Gomes A et al. Qualidade de vida em gestantes: fatores que interferem. Fiep bulletin. 2010;80 (Edição especial)1-5.

Giurgescu C, Templim T. Father involvement and psychological well-being of pregnant women. Am J Matern Child Nurs. 2015; 40(6): 381–7.

Emmanuel E, St John W, Sun J. Relationship between Social Support and Quality of Life in Childbearing Women during the Perinatal Period. J Obstet Gynecol Neonatal Nurs. 2012; 00:1-9

Licona N, Mendoza J. Daytime sleepiness and quality of life: are they associated in obese pregnant women? Arch Gynecol Obstet. 2012; 285:105–9.

Sach TH, Barton G, Doherty M et al. The relationship between body mass index and health- related quality of life: comparing the EQ-5D, EuroQol VAS and SF-6D. Int J Obesity. 2007; 31:189-96.

Dodd J, Newman A, Moran L et al. The effect of antenatal dietary and lifestyle advice for women who are overweight or obese on emotional well-being: the LIMIT randomized trial. Acta Obstet Gynecol Scand. 2016; 95:309- 18.

IPEA – INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça – 1995 a 2015. Brasília: IPEA, 2017. [acesso em 2018 Mai 15]. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/170306_retrato_das_desigualdades_de_genero_raca.pdf

Downloads

Publicado

26/12/2019

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

FATORES ASSOCIADOS À QUALIDADE DE VIDA EM GESTANTES DE ALTO RISCO. (2019). Arquivos Catarinenses De Medicina, 48(4), 75-87. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/536

Artigos Semelhantes

1-10 de 474

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)