AVALIAÇÃO DOS FATORES ASSOCIADOS ÀS OPÇÕES TERAPÊUTICAS NA GESTAÇÃO ECTÓPICA

Autores

  • Rodrigo Dias Nunes
  • Izabela Cristina Sponchiado Sabadin
  • Isabela Ribeiro Siqueira

Palavras-chave:

Gestação ectópica, Tratamento, Fatores de risco

Resumo

A gestação ectópica refere-se à implantação de um ovo fertilizado fora do seu lugar habitual, sendo uma importante causa de morbimortalidade materna. Este estudo objetiva avaliar os fatores referentes ao diagnóstico das pacientes com gestação ectópica atendidas em um hospital público e sua correlação com o tratamento realizado. Trata-se de um estudo epidemiológico observacional de delineamento transversal com prontuários de pacientes que tiveram diagnóstico e tratamento da gestação ectópica no HRSJ-HMG, entre janeiro de 2009 e dezembro de 2012. Foi realizado um censo com número total de 81 prontuários. As informações obtidas pelo instrumento de coleta foram inseridas no programa SPSS 18.0 e posteriormente, analisadas. O nível de significância estabelecido foi valor de p < 0,05. Foi observada uma prevalência de 1,6% de gestações ectópicas neste serviço. A média de idade foi 27,5 anos, sendo a maioria das pacientes com cor de pele branca e vivendo com parceiro. A média da idade gestacional foi de 4,6 semanas e a maioria das pacientes teve, ao menos, uma gestação tópica anteriormente. Os valores laboratoriais médios foram: Ht em 32,9%, Hb em 9,3 mg/dL e B-hCG em 2980 mUI. A média de tamanho do embrião foi de 6,1 mm. A maioria das gestações não apresentava BCF e a maioria das pacientes não possuia hemoperitonio no momento do diagnóstico. A maior parcela das pacientes foi tratada por salpingectomia. Não há associação significativa entre as características sociodemográficas, clínico-obstétricas, laboratoriais e ultrassonográficas e o tratamento de escolha para a gestação ectópica.

Biografia do Autor

  • Rodrigo Dias Nunes
    Chefe do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia da HRSJ-HMG. São José / SC. Coordenador da Disciplina de Ginecologia e Obstetrícia Ambulatorial do Sistema materno-Infantil da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Palhoça/ SC
  • Izabela Cristina Sponchiado Sabadin
    Acadêmica do curso de medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Palhoça / SC
  • Isabela Ribeiro Siqueira

    Acadêmica do curso de medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Palhoça / SC

Referências

Kirk E, Bourne T. Ectopic pregnancy. Obstet Gynecol. 2011; 21(7):208-11.

Farquhar CM. Ectopic pregnancy. Department of Obstetrics and Gynaecology, National Womens’ Health at Auckland City Hospital, University of Auckland, Private Bag 92019, Auckland, New Zealand. 2005; 366:583-91.

Mello NM, Zietse CS, Mol F, Zwart JJ, Roosmalen J, Bloemenkamp KW, et al. Severe maternal morbidity in ectopic pregnancy is not associated with maternal factors but may be associated with quality of care. Fertil Steril. 2012; 97(3):623-9.

Shaw JLV, Dey SK, Critchley HOD, Horne AW. Current knowledge of the aetiology of human tubal ectopic pregnancy. Hum Reprod. 2010; 16(4):432-4.

Bjartling C, Osser S, Perssonl K. Deoxyribonucleic acid of Chlamydia trachomatis in fresh tissue from the Fallopian tubes of patients with ectopic pregnancy. Eur J Obstret Gynecol Reprod Biol. 2007; 34:95-100.

Menon S, Sammel MD, Vichnin M, Barnhart KT. Risk Factors for Ectopic Pregnancy: A Comparison Between Adults and Adolescent Women. J Pediatr Adolesc Gynecol. 2007; 20:181-5.

Sindos M, Togia A, Sergentanis T, Kabagiannis A, Malamas F, Farfaras A, et al. Ruptured ectopic pregnancy: risk factors for a life-threatening condition. Arch Gynecol Obstet. 2009; 279:621-3.

Goksedef BPC, Kef S, Akca A, Bayik RNE, Cetin A. Risk factors for rupture in tubal ectopic pregnancy: definition of the clinical findings. Eur J Obstret Gynecol Reprod Biol. 2011; 154:96-9.

Elito JJ, Daher S, da Silva MOF, Marconi NMH, Pendeloski KPT, Moron AF, et al. Association study of vascular endothelial growth factor and polymorphisms of its gene with ectopic pregnancy. Am J Reprod Immunol. 2010; 63:120-5.

Barnhart KT, Sammel MD, Gracia CR, Chittams J, Hummel AC, Shaunik A. Risk factors for ectopic pregnancy in women with symptomatic first-trimester pregnancies. Fertil Steril. 2006; 86 (1):36-43.

Kirk E, Van Calster B, Condous G, Papageorghiou A, Gevaert O, Van Huffel S, et al. Ectopic pregnancy: using the hCG ratio to select women for expectant or medical management. Acta Obstet Gynecol Scand. 2011; 90:264-72.

Abdul-Hussein MM, Abdul-Rasheed OF, Al-Moayed HAQ. The values of CA-125, progesterone, ß-hCG and estradiol in the early prediction of ectopic pregnancy. Oman Med J. 2012; 27(2):124-8.

Soundravally R, Raghavanb SS, Selvaraj N. Serum creatine kinase as a predictor of tubal ectopic pregnancy. Int J Gynaecol Obstet. 2007; 52:253-4.

Warrick J, Gronowski A, Moffett C, Zhao Q, Bishop E, Woodworth A. Serum activin A does not predict ectopic pregnancy as a single measurement test, alone or as part of a multi-marker panel including progesterone and hCG. Clin Chim Acta. 2012; 413:707-11.

Takacs P, Jaramillo S, Datar R, Williams A, Olczyk J, Barnhart K. Placental mRNA in maternal plasma as a predictor of ectopic pregnancy. Int J Gynaecol Obstet. 2012; 117:131-3.

Yoon BS, Park H, Seong SJ, Park CT, Park SW, Lee KJ. Single-port laparoscopic salpingectomy for the surgical treatment of ectopic pregnancy. J Minim Invasive Gynecol. 2010; 17:26-9.

Pinto HC, Jung LK, Wendland E, Heineck SC. Colpotomia no tratamento da gestação ectópica. Rev Bras Ginecol Obstet. 2012; 34(3):118-21.

Hamed OH, Ahmed SR, Alghasham AA. Comparison of double and single-dose methotrexate protocols for treatment of ectopic pregnancy. Int J Gynaecol Obstet. 2012; 116:67-71.

Sagiv R, Debby A, Feit H, Cohen-Sacher B, Keidar R, Golan. The optimal cutoff serum level of human chorionic gonadotropin for efficacy of methotrexate treatment in women with extrauterine pregnancy. Int J Gynaecol Obstet. 2012; 116:101-4.

Lipscomb GH, Gomez IG, Givens VM, Meyer NL, Bran DF. Yolk sac on transvaginal ultrasound as a prognostic indicator in the treatment of ectopic pregnancy with single-dose methotrexate. Am J Obstet Gynecol. 2009; 200:338.e1-4.

Thurman AR, Cornelius M, Korte JE, Fylstra DL. An alternative monitoring protocol for single-dose methotrexate therapy in ectopic pregnancy. Am J Obstet Gynecol. 2010; 202:139e1-6.

Norah M, Ankum WM, Willem B, Hajenius P. Ectopic pregnancy: how the diagnostic and therapeutic management has changed. Fertil Steril. 2012; 98(5):1066-73.

Chaudhary P, Manchanda R, Patil VN. Retrospective study on laparoscopic management of ectopic pregnancy. J Obstet Gynaecol India. 2013; 63(3):173-6.

Mol F, van Mello NM, Strandell A, Strandell K, Jurkovic D, Ross J, et al. Salpingotomy versus salpingectomy in women with tubal pregnancy (ESEP study): an open-label, multicentre, randomised controlled trial. Lancet. 2014; 6736(14):60123-9.

Kostrzewa M, Zy?a M, Litwi?ska E, Kolasa-Zwierzchowska D, Szpakowski A, Stachowiak G, et al. Salpingotomy vs salpingectomy - a comparison of women's fertility after surgical treatment of tubal ectopic pregnancy during a 24-month follow-up study. Ginekol Pol. 2013; 84(12):1030-5.

Rana P, Kazmi I, Singh R, Afzal M, Al-Abbasi FA, Aseeri A, et al. Ectopic pregnancy: a review. Archives of Gynecology and Obstetrics. 2013; 288(4):747-57.

Stika CS. Methotrexate: The pharmacology behind medical treatment for ectopic pregnancy. Am J Obstet Gynecol. 2012; 55(2)433-9.

Yuk JS, Kim YJ, Hur JY, Shin JH. Association between socioeconomic status and ectopic pregnancy rate in the Republic of Korea. Int J Gynaecol Obstet. 2013; 122(2):104-7.

Downloads

Publicado

01/09/2016

Edição

Seção

Artigo original

Como Citar

AVALIAÇÃO DOS FATORES ASSOCIADOS ÀS OPÇÕES TERAPÊUTICAS NA GESTAÇÃO ECTÓPICA. (2016). Arquivos Catarinenses De Medicina, 44(3), 37-52. https://revista.acm.org.br/arquivos/article/view/36

Artigos Semelhantes

1-10 de 479

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>